O período entre 1975 e 1980 marcou uma fase crucial na história do FC Porto, liderada pela influência de Jorge Nuno Pinto da Costa. Este líder visionário transformou o clube através de decisões estratégicas e relações importantes. A sua trajetória foi marcada por momentos memoráveis e desafios significativos. Durante este tempo, ele enfrentou críticas internas e externas, mas conseguiu superá-las com determinação e sabedoria. Pinto da Costa não só revitalizou o futebol do FC Porto como também estabeleceu a base para futuros sucessos.

Construção do Novo FC Porto

Pinto da Costa iniciou sua jornada no FC Porto em meio a um período de turbulência. Em 1976, assumiu o cargo de diretor do departamento de futebol profissional, trazendo mudanças significativas. Sua primeira grande decisão foi contratar José Maria Pedroto como treinador, apesar das restrições existentes. Esta escolha revolucionária sinalizou o início de uma nova era para o clube. Com Pedroto à frente, o FC Porto começou a reconquistar títulos, incluindo a Taça de Portugal em 1977, após uma longa espera de nove anos.

As primeiras ações de Pinto da Costa foram fundamentais para reerguer o clube. Ele não apenas trouxe Pedroto, mas também implementou um plano detalhado para fortalecer o time. Suas habilidades diplomáticas foram testadas quando teve que convencer os sócios a levantarem a interdição contra Pedroto. Além disso, sua capacidade de gerenciar crises ficou evidente durante as negociações sobre o jogador Teófilo Cubillas. A vitória na Taça de Portugal em 1977 marcou um ponto de virada, demonstrando que as mudanças estavam surtindo efeito. A contratação de Joaquim Torres, goleiro talentoso, também fortaleceu ainda mais o elenco.

Desafios e Despedida

Após a conquista do campeonato nacional em 1978, o FC Porto entrou em um novo capítulo sob a liderança de Pinto da Costa. O clube enfrentou vários obstáculos, incluindo confrontos intensos com rivais e tensões internas. No entanto, Pinto da Costa manteve-se firme, utilizando seu carisma e perspicácia para navegar por esses desafios. Em 1980, ele anunciou sua saída do clube, deixando um legado duradouro e um impacto indelével.

Os últimos anos de Pinto da Costa no FC Porto foram marcados por altos e baixos. Em 1978, o clube finalmente alcançou o tão sonhado título nacional, encerrando um jejum de 19 anos. No entanto, a pressão continuou a aumentar, especialmente durante a disputa acirrada pelo campeonato. Em 1980, após um empate crucial com o Sporting, Pinto da Costa decidiu se afastar do cargo devido a compromissos profissionais e falta de apoio da diretoria. Seu descontentamento culminou com o verão quente de 1980, onde houve uma série de demissões e transferências importantes. A partida de Pedroto e outros membros-chave da equipe técnica simbolizou o fim de uma era. Apesar disso, Pinto da Costa deixou um legado de renovação e conquistas que moldaram o futuro do FC Porto.