O setor de moda no Brasil experimentou um aumento moderado nos preços durante o ano de 2024, com uma inflação acumulada de 2,78%. Este índice é inferior à taxa oficial de inflação do país, que encerrou o ano com 4,83%. A pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que as roupas foram a categoria mais influente nessa elevação, com um incremento anual de 2,16%. As roupas masculinas lideraram o aumento, seguidas por vestuário feminino e infantil. Calçados e acessórios também apresentaram uma alta, embora menor, enquanto os tecidos e artigos de armarinho registraram deflação. Em contraste, joias e bijuterias enfrentaram uma escalada significativa devido à valorização global do ouro.
Em 2024, o cenário econômico brasileiro foi marcado por um aumento controlado dos preços no segmento de moda. Segundo dados do IBGE, a inflação desse setor fechou o ano com uma elevação de 2,78%, sendo este o menor índice desde a deflação observada em 2020, durante a pandemia de covid-19. A categoria de roupas, que tem o maior peso na formação do índice, registrou um crescimento de 2,16% em comparação com o ano anterior. Especificamente, as roupas masculinas foram as que mais contribuíram para esse aumento, com uma alta de 2,98%. No entanto, mesmo essa taxa permanece abaixo da inflação geral do país.
As roupas femininas e infantis apresentaram aumentos menores, com taxas de 1,86% e 1,25%, respectivamente. A partir de junho, houve uma desaceleração nos reajustes de preços das roupas femininas, o que ajudou a manter o aumento anual dentro de limites moderados. Além disso, calçados e acessórios, que vinham enfrentando altas expressivas nos últimos anos, reduziram seu ritmo inflacionário para 2,66%, ligeiramente abaixo das roupas masculinas. Tecidos e artigos de armarinho, por outro lado, apresentaram uma deflação de 1,37% após cinco meses consecutivos de queda nos preços.
Um destaque negativo foi o setor de joias e bijuterias, que sofreu forte pressão inflacionária devido à supervalorização do ouro no mercado global. Este segmento encerrou o ano com uma inflação acumulada de 13,21%, bem acima da média do setor de moda. Os resultados de dezembro mostraram uma aceleração geral na inflação de moda, exceto para tecidos e artigos de armarinho, que registraram deflação de -0,42%. A inflação de moda em dezembro atingiu 1,14%, a mais alta do ano, com roupas aumentando 1,21% e calçados e acessórios subindo 0,98%. Joias e bijuterias continuaram sua trajetória ascendente, com um aumento de 1,35% no mês.
Apesar da aceleração em dezembro, a inflação do setor de moda no Brasil em 2024 manteve-se relativamente baixa em comparação com a inflação oficial do país. A variação de preços ao longo do ano reflete ajustes graduais e respostas às condições econômicas globais, especialmente no caso de produtos como joias e bijuterias. A análise detalhada dos dados do IBGE demonstra que o setor de moda conseguiu equilibrar os aumentos de preços, evitando impactos mais severos sobre os consumidores, mesmo em um contexto de inflação geral elevada.