Após cinco meses sob o comando de Bruno Lage, o Benfica enfrenta problemas que lembram os desafios não resolvidos durante a gestão de Roger Schmidt. A dinâmica ofensiva da equipe continua instável, dependendo principalmente da qualidade individual dos jogadores, em vez de uma estratégia coletiva sólida para superar diferentes adversários.
Com um meio-campo que não consegue dominar o jogo e uma saída de bola medíocre, o Benfica teve que se apoiar em penalidades e escanteios para garantir a vitória. Este cenário lembra momentos difíceis vividos pela equipe, como nos jogos contra Barcelona e Juventus. Embora haja ocasiões em que o Benfica mostre um futebol promissor, a inconsistência tem sido predominante.
As maiores preocupações do Benfica residem em sua defesa. A equipe exibe uma vulnerabilidade alarmante contra adversários capazes de trocar passes eficientes. Frequentemente, o time é forçado a defender muito atrás, ficando exposto a contra-ataques rápidos e perigosos. A pressão exercida à frente também não tem produzido os resultados esperados, deixando linhas quebradas e abrindo espaço para adversários explorarem brechas.
Essas falhas defensivas criam uma sensação constante de que qualquer adversário pode marcar a qualquer momento. Isso prejudica a confiança da equipe e dificulta a construção de uma vantagem segura durante as partidas. É essencial que o Benfica encontre soluções para fortalecer sua defesa, seja através de ajustes táticos ou contratações estratégicas.
A lesão de Manu Silva, adquirida logo após seu segundo jogo como titular, complicou ainda mais a situação. Com a ausência de Tomás Araújo, o clube precisa reavaliar suas opções para a lateral direita e outras posições defensivas. Bajrami e Dahl são possíveis substitutos, mas a falta de profundidade no elenco aumenta a preocupação com novas lesões.
A decisão de liberar Kaboré sem buscar um substituto adequado coloca o Benfica em uma posição delicada. A equipe agora depende de que nenhum outro jogador se machuque, evitando assim situações como a utilização de Aursnes como lateral. Esta fragilidade no elenco requer atenção imediata para garantir que o Benfica esteja preparado para enfrentar desafios futuros.