A defesa do ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) argumenta que, embora o comportamento possa ter sido inapropriado, não há justificativa para punição criminal. O caso envolvendo Luís Rubiales e a jogadora Jenni Hermoso tem gerado discussões sobre limites profissionais e consentimento. A advogada de Rubiales destacou que é importante distinguir entre ações socialmente reprováveis e aquelas que merecem sanções penais. Durante as alegações finais do julgamento, ela enfatizou que o beijo ocorreu num contexto de comemoração e que Jenni Hermoso supostamente deu consentimento.
O advogado de Jenni Hermoso rebateu essas afirmações, insistindo na importância do poder hierárquico no momento do incidente. Ángel Chavarría argumentou que a situação de superioridade de Rubiales tornava qualquer suposto consentimento questionável. Ele ressaltou que, mesmo se tivesse havido permissão explícita, a natureza da relação entre ambos deveria impedir tal ação. Além disso, testemunhas e vídeos indicam que Hermoso expressou desconforto após o beijo, levando à conclusão de que houve uma violação de limites pessoais e profissionais.
O caso coloca em evidência a necessidade de respeito ao consentimento e às fronteiras profissionais, especialmente em ambientes onde existem desequilíbrios de poder. É fundamental que líderes em todas as esferas promovam um ambiente seguro e respeitoso, garantindo que todos os indivíduos se sintam valorizados e protegidos. Este julgamento serve como um lembrete da importância de abordar ativamente questões de assédio e coerção, fomentando uma cultura de integridade e responsabilidade.