O FC Porto divulgou detalhes sobre os pagamentos significativos realizados a intermediários durante o mercado de transferências de inverno. O clube português revelou que desembolsou 10,45 milhões de euros em comissões para duas das maiores transações desta janela, destacando-se as saídas do meio-campista Nico González para o Manchester City e do atacante Galeno para o Al Ahli. Estas operações financeiras refletem a complexidade dos negócios no futebol moderno e a relevância dos agentes na concretização desses acordos.
A venda de Nico González ao Manchester City foi um marco importante para o FC Porto. Após um ano e meio vestindo a camisa da equipa portuguesa, o jogador se transferiu por uma quantia total de 60 milhões de euros. Uma parte substancial dessa soma, 5,75 milhões de euros, foi destinada à Gestifute, empresa liderada por Jorge Mendes. Este valor corresponde a 10% do montante líquido da transferência, incluindo ainda a aquisição de 40% das mais-valias detidas pelo Barcelona sobre o atleta, no valor de 3 milhões de euros. A presença de Jorge Mendes neste acordo destaca o peso dos grandes agentes no cenário do futebol europeu.
Por outro lado, a partida de Galeno para o Al Ahli também gerou uma considerável movimentação financeira. Giuliano Bertolucci, através de sua empresa Bertolucci Assessoria e Propaganda Esportiva, recebeu 4,75 milhões de euros como comissão, representando 10% do valor líquido da venda, que foi finalizada por 50 milhões de euros. Esta transação ilustra não apenas a importância dos agentes individuais, mas também a globalização do mercado de transferências, com clubes asiáticos entrando em cena.
Além dessas principais operações, outras transferências foram realizadas sem gerar receitas diretas para o clube, como as saídas do lateral-esquerdo Wendell para o São Paulo e do atacante Alfa Baldé para o FK Radnicki 1923. No entanto, o FC Porto manteve 35% dos direitos econômicos de Alfa Baldé, garantindo algum retorno futuro. Em relação à equipa B, o avançado Melnichenko custou 380 mil euros pela totalidade do passe, enquanto Vonic, adquirido do Rot-Weiss Essen, representou um investimento de 500 mil euros, com possíveis variáveis adicionais.
As informações divulgadas pelo FC Porto oferecem uma visão abrangente das dinâmicas financeiras envolvidas nas transferências de jogadores. As cifras expressivas pagas em comissões demonstram a crescente influência dos intermediários no mundo do futebol, bem como a necessidade de transparência nos negócios esportivos. Além disso, esses números reforçam a competitividade e a globalização do mercado de transferências, onde cada detalhe financeiro pode fazer a diferença entre sucesso e fracasso nos grandes clubes europeus.