Uma recente operação realizada pelo Procon-SP identificou várias falhas na organização de um grande evento musical ocorrido no estádio do Pacaembu. Entre as infrações detectadas, destacam-se a ausência de informações obrigatórias nos ingressos e dificuldades enfrentadas pelos espectadores ao acessarem o local. Além disso, surgiram denúncias sobre a comercialização de bilhetes falsificados oficialmente. A concessionária responsável foi notificada para esclarecer questões relacionadas à documentação exigida para eventos desse porte.
O exame detalhado também apontou que muitos estabelecimentos comerciais no recinto não cumprem normas de segurança e protocolos legais, incluindo a certificação necessária sob a Lei Maria da Penha. Essas descobertas levaram o Procon-SP a emitir orientações aos consumidores impactados, incentivando-os a registrar suas reclamações formalmente.
A empresa TEP Entretenimento, responsável pela produção do show, enfrentou críticas significativas após a fiscalização. Problemas como a falta de alvarás obrigatórios e licenças específicas foram evidenciados durante a análise conduzida pelas autoridades competentes. O caos organizacional afetou diretamente os participantes, que relataram complicações ao tentar acessar o espaço reservado. Isso gerou uma onda de insatisfação entre os presentes.
As investigações revelaram que boa parte dos problemas estruturais poderia ter sido evitada com planejamento adequado. A ausência de documentos fundamentais comprometeu seriamente a integridade legal do evento. Além disso, os relatos de vendas de ingressos fraudulentos reforçaram a necessidade de maior vigilância e controle por parte das organizações envolvidas. Os fiscais responsáveis recomendaram a adoção de medidas preventivas mais rigorosas para futuros acontecimentos.
Outro aspecto preocupante identificado durante a vistoria foi o descumprimento de regulamentos importantes por parte de diversos prestadores de serviços dentro do estádio. Em particular, dois dos três estabelecimentos auditados não estavam aderindo ao Protocolo Não Se Cale, essencial para garantir a proteção contra violência doméstica. Este tipo de negligência coloca em risco tanto funcionários quanto clientes.
Histórico de irregularidades nesse campo já havia sido observado em avaliações anteriores, onde 63 de 123 locais visitados apresentaram deficiências semelhantes. Para remediar essa situação, o Procon-SP reiterou a importância do cumprimento integral das normas vigentes, especialmente aquelas relacionadas ao Código de Defesa do Consumidor e à prevenção de comportamentos perigosos. As autoridades enfatizaram ainda a necessidade de implementar práticas seguras, similares às adotadas em grandes eventos internacionais, como a Fórmula 1 e festivais musicais renomados.