A abordagem tática do treinador do Benfica tem se mostrado notável por sua adaptabilidade. Bruno Lage, conhecido por sua versatilidade, frequentemente ajusta suas estratégias conforme as demandas dos adversários. Essa flexibilidade, embora às vezes possa obscurecer a identidade própria da equipe, tem sido um ponto forte nas competições europeias. No entanto, quando aplicada de forma excessiva, pode levar a uma certa submissão tática, como observado na partida contra Munique.

O mérito de Lage reside em sua capacidade de fazer ajustes sutis que podem transformar completamente o desempenho da equipe. Ele reconhece a importância do detalhe e sabe que pequenas mudanças podem ter grandes impactos. A vitória sobre o Boavista, que colocou o Benfica no topo da Liga, evidenciou essa habilidade. Com a expulsão de Reisinho, Vaclik teve que assumir mais responsabilidades, e isso revelou melhorias significativas na dinâmica da equipe. A construção com três jogadores no meio-campo permitiu que Carreras ganhasse maior influência, criando uma comunicação eficaz com Dahl, que tem deixado boas impressões desde sua chegada.

O desafio agora é encontrar o equilíbrio entre manter uma identidade sólida e adaptar-se às situações específicas de cada jogo. A recente partida contra o Mónaco mostrou que ainda há trabalho a ser feito na gestão do jogo. No entanto, a base estabelecida por Lage é promissora. O treinador está consciente de que este é um processo em desenvolvimento, e a equipe precisa continuar evoluindo dentro das novas dinâmicas. A busca pelo equilíbrio é fundamental para garantir que o Benfica continue a crescer e a alcançar resultados positivos.