O lendário jogador Eusébio da Silva Ferreira, figura icônica do Benfica e do futebol global, recebeu uma nova homenagem artística em sua cidade natal, Maputo. Através do talento do artista Glaçon, residente em França, um mural grandioso foi criado no Campinho da Mafalala. Este trabalho celebra a origem humilde do atleta e seu impacto duradouro no esporte. A obra destaca o caminho de Eusébio desde as ruas de Maputo até se tornar uma lenda internacional. O artista expressou sua conexão emocional com a história de Eusébio e sua decisão de eternizar essa memória através da arte urbana.
A criação deste mural representa um tributo especial à infância e juventude de Eusébio na Mafalala. No coração deste bairro vibrante, surge uma obra que reflete não apenas o rosto do atleta, mas também sua essência como parte integrante da comunidade local. Esta iniciativa traz à luz a importância do contexto social e geográfico na formação de grandes talentos. O artista capturou a essência do "menino do bairro" que se transformou em ícone mundial.
Glaçon descreveu o processo criativo por trás desta obra, enfatizando a importância do lugar onde tudo começou para Eusébio. O mural foi pintado num campo sem as comodidades tradicionais dos estádios modernos, mas rico em história e vida. A escolha deste local simboliza a jornada do jogador desde suas raízes modestas até se tornar a Pantera Negra do futebol. A pintura retrata o jovem Eusébio, destacando sua ligação indelével com este bairro de Maputo.
O projeto surgiu após uma visita inspiradora ao Museu Mafalala, onde Glaçon descobriu a conexão entre Eusébio e este bairro histórico. Inspirado pela história, o artista propôs imediatamente criar uma obra que honrasse tanto o herói quanto a comunidade. Esta ideia ganhou forma rapidamente, resultando numa peça de arte pública significativa. O mural não é apenas uma representação visual, mas também um testemunho da trajetória de vida de Eusébio.
A instalação do mural coincidiu com a rua que leva o nome do jogador, reforçando ainda mais a presença de sua memória no bairro. Glaçon compartilhou sua experiência trabalhando no Estádio da Luz, sede do Benfica, o que intensificou sua paixão por celebrar a carreira de Eusébio. Através deste trabalho, ele busca conectar as gerações atuais com o passado glorioso do futebol português, preservando a memória do maior benfiquista de todos os tempos.