A Semana de Moda de Nova York, que ocorreu de 6 a 11 de fevereiro, conquistou seu lugar no calendário fashion com uma série de desfiles inovadores. Enquanto enfrentava a competição das semanas europeias, o evento se destacou através do retorno de marcas icônicas como Calvin Klein e Christopher John Rogers. Além disso, as coleções apresentadas ofereceram uma visão diversificada da moda outono/inverno 2025/2026, combinando peças sofisticadas para ocasiões formais com roupas casuais e confortáveis. Destaque também para as inspirações florais, mesmo em meio à temporada fria, trazendo cores vibrantes e estampas inusitadas para as passarelas.
O evento contou com participações especiais que chamaram a atenção do público. A modelo carioca Giovanna Lannes estreou na passarela com um vestido longo em paetês azuis da Carolina Herrera, enquanto Adriana Lima desfilou para Tory Burch com um visual que misturava elegância e descontração. Outro momento marcante foi a presença de Maye Musk, mãe do bilionário Elon Musk, encerrando o desfile da chinesa Juzui, uma marca que tem grande popularidade no Oriente.
Entre os destaques, Carolina Herrera optou por uma abordagem primaveril para sua coleção de inverno, criando um cenário floral dentro do Solow Building, com peônias violetas e tecidos moldados como pétalas. Wes Gordon, diretor criativo da marca, explorou uma alfaiataria moderna e vestidos festivos que brincavam com transparências e volumes.
Ulla Johnson transformou sua passarela em um jardim artístico, colaborando com a escultora Julie Hamisky para criar uma instalação dourada de papoulas. As peças de joalheria também foram fruto dessa parceria, reforçando o olhar artesanal da coleção. Já a marca chinesa Juzui trouxe ao palco flores de inverno, simbolizando força e graça diante das adversidades, além de misturar estampas em um estilo único e expressivo.
Christopher John Rogers retornou após cinco anos com uma coleção emocionante, inspirada nos artistas brasileiro Hélio Oiticica e espanhola Angela de la Cruz. Suas criações eram um festival de cores e texturas, com listrados e padronagens que despertavam emoções imediatas. Por outro lado, Calvin Klein voltou às raízes dos anos 1990, sob a direção de Veronica Leoni, apresentando um minimalismo funcional e despojado, com alfaiataria impecável e sobreposições casuais.
Prabal Gurung usou a passarela para contar sua história pessoal como imigrante em Nova York, criando uma coleção que refletia sua jornada até se tornar um estilista reconhecido. Já Tory Burch explorou um novo caminho, distorcendo elementos esportivos americanos e adicionando detalhes exagerados para criar looks verdadeiramente elegantes. Christian Siriano, por sua vez, provocou reflexões sobre resiliência e transformação, utilizando elementos da série "The Handmaid's Tale" de forma inversa.
A semana terminou com Michael Kors transformando um antigo depósito em uma sala de estar acolhedora, onde monocromatismos e sobreposições garantiram visuais sofisticados e versáteis. A combinação de diferentes texturas e modelagens gerou um movimento interessante nas peças, reafirmando a relevância da moda nova-iorquina no cenário global.