O figurino de Melania foi desenhado pelo estilista Hervé Pierre, naturalizado norte-americano, que também assinou o vestido do primeiro mandato de Trump. Enquanto o look da posse, sobriede e discreto, seguia a tendência do "luxo discreto", o traje do baile permitiu à primeira-dama adicionar um toque mais audacioso. No entanto, as opiniões foram divididas nas redes sociais, com alguns críticos apontando a falta de novidade e outros elogiando a perfeição do visual.
Comparando-se com as primeiras-damas anteriores, como Michelle Obama, que usou um vestido vermelho vibrante na posse de 2013, Melania optou por uma abordagem mais contida. A escolha reflete um momento político marcado por conservadorismo, onde os discursos sobre diversidade e inclusão são menos proeminentes. Este contexto influenciou diretamente as decisões de estilo, tanto de Melania quanto de outras figuras presentes no evento.
Mas o que realmente chama atenção é como o estilo de cada primeira-dama reflete o espírito do governo ao qual está associada. Em 2025, o tom era nitidamente mais reservado, contrastando com os looks mais ousados de décadas passadas, como Jackie Kennedy em 1961.
Hervé Pierre, responsável pelos trajes de Melania, trouxe consigo a experiência de criar para ocasiões de alto nível. Sua formação francesa, aliada à cidadania americana, permitiu-lhe incorporar elementos internacionais ao design, mesmo quando o discurso político enfatizava "América Primeiro". Este equilíbrio entre globalização e patriotismo tornou-se uma característica marcante dos looks inaugurais.
Outras figuras importantes, como Ivanka Trump e Usha Vance, também fizeram escolhas notáveis. A filha do presidente optou por um vestido Givenchy inspirado nos anos 1950, enquanto Usha, esposa do vice-presidente, usou um traje Reem Acra, ambos ignorando a premissa nacionalista. Essas decisões mostraram que, mesmo em um ambiente dominado por mensagens políticas fortes, a moda pode transcender fronteiras ideológicas.
As reações ao look de Melania foram variadas, mas muitos concordaram que, apesar da beleza inegável, faltou ousadia. Comparações inevitáveis foram feitas com as escolhas de Michelle Obama, cujos trajes eram conhecidos por sua coragem e inovação. Este contraste levantou questões sobre o papel da moda como meio de expressão política e cultural.
No final, o legado visual de cada primeira-dama depende muito do contexto histórico em que atuou. Para Melania Trump, seu estilo em 2025 será lembrado como um reflexo de um período de transição, onde a elegância e a sobriedade prevaleceram sobre a experimentação e a audácia.