A jogadora vencedora da Bola de Ouro, Aitana Bonmatí, expressou sua descontentamento com a possibilidade de a Supertaça de futebol feminino espanhol ser realizada na Arábia Saudita. Ela destacou a importância de valorizar a competição em seu país de origem antes de considerar mudanças internacionais. Além disso, Bonmatí ressaltou preocupações sobre o status dos direitos das mulheres no país anfitrião potencial.
Bonmatí enfatizou que a Supertaça deve ser apreciada em seu próprio contexto nacional antes de qualquer transferência internacional. Ela criticou a falta de reconhecimento e investimento adequado na competição espanhola, incluindo questões de infraestrutura e apoio financeiro. Segundo ela, a realização da Supertaça em território espanhol ainda não atingiu um padrão satisfatório para todas as equipes envolvidas.
A jogadora explicou que há necessidade de melhorias significativas em vários aspectos, como a escolha de estádios apropriados, garantia de prêmios econômicos justos e a presença de torcedores. Esses elementos são cruciais para elevar o perfil da competição. "Antes de levarmos a Supertaça para outro país, devemos garantir que ela seja valorizada aqui", afirmou Bonmatí. Ela argumentou que a competição deve ser tratada com mais seriedade e investimento em solo espanhol, proporcionando uma experiência positiva tanto para os participantes quanto para os espectadores.
Bonmatí também abordou suas reservas sobre a situação das mulheres na Arábia Saudita. Ela expressou incerteza sobre sentir-se confortável em competir em um país onde os direitos das mulheres estão em processo de desenvolvimento. A jogadora ressaltou a importância de considerar esses fatores ao avaliar a viabilidade de sediar eventos esportivos internacionais.
Aitana Bonmatí explicou que, embora haja progresso, ainda há muito caminho a percorrer em relação aos direitos das mulheres na Arábia Saudita. Ela mencionou que a decisão de jogar lá poderia levantar questões éticas e sociais importantes. "Não me sentiria à vontade jogando em um país onde os direitos das mulheres ainda não estão plenamente estabelecidos", declarou. Bonmatí concluiu que, até que haja avanços substanciais nessa área, é preferível manter a competição dentro do território espanhol, onde as condições são mais favoráveis para todas as participantes.