O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, concedeu uma entrevista ao jornal esloveno Delo, onde avaliou positivamente as mudanças nas competições europeias de clubes. Ele também comentou sobre os rumores que ligam o jogador brasileiro Vinícius Júnior à Arábia Saudita e criticou o Mundial de Clubes. Ceferin destacou a sobrecarga de jogos que afeta os atletas de elite e abordou a complexidade do calendário futebolístico atual. Além disso, ele defendeu a expansão do futebol para países com culturas diferentes e garantiu que não há negociações para realizar a final da Champions League fora da Europa.
Na entrevista, Ceferin discutiu a dicotomia entre a necessidade de mais jogos para sustentar financeiramente os clubes e a sobrecarga que isso impõe aos jogadores. "O calendário está completamente lotado, mas são principalmente aqueles que recebem mais que reclamam", afirmou. Ele explicou que os clubes precisam de mais partidas para financiar salários e treinadores, mas reconheceu que essa situação é insustentável para muitos atletas. A introdução do novo formato do Mundial de Clubes foi vista como uma tentativa de aliviar parte dessa pressão, embora ainda exista controvérsia em torno da iniciativa.
Ceferin também falou sobre a reformulação das três principais competições europeias de clubes, ressaltando que inicialmente houve críticas, mas agora a maioria dos envolvidos está satisfeita. "A UEFA Champions League renovada tornou-se ainda mais imprevisível", disse ele, exemplificando com sua experiência durante a partida PSG-Manchester City. O presidente lembrou um momento tenso quando seu amigo Nasser Al-Khelaifi expressou dúvidas sobre continuar no futebol devido ao estresse crescente.
Em relação aos rumores sobre Vinícius Júnior e a Arábia Saudita, Ceferin foi categórico: "Levo tão a sério quanto os rumores que a Champions League será jogada fora da Europa". Ele enfatizou que esses boatos não têm base financeira e são decisões exclusivas dos sauditas. Além disso, Ceferin defendeu a inclusão de países com culturas e religiões diferentes no futebol internacional, citando o exemplo do Qatar, cuja realização do Mundial trouxe mudanças positivas.
Por fim, Ceferin destacou a importância de manter a integridade do futebol europeu enquanto se busca equilibrar as demandas financeiras dos clubes e a saúde dos jogadores. Ele reiterou que o objetivo é criar um ambiente competitivo e sustentável, mesmo diante dos desafios impostos pelo calendário congestionado. Também ressaltou a necessidade de reconhecer e respeitar as diferenças culturais no mundo do futebol, promovendo assim uma maior diversidade e inclusão no esporte.