O caso envolvendo sete profissionais acusados de negligência médica no falecimento da lenda do futebol argentino continua a desdobrar novos elementos. Durante o depoimento, Fernando Villarejo, ex-chefe do departamento de terapia intensiva na clínica onde Diego Maradona foi operado, afirmou que teve de tomar medidas controversas para tratar o paciente renomado. Villarejo relatou ao tribunal que aplicou sedativos ao antigo jogador contra sua vontade, explicando que tal intervenção era necessária devido às condições de saúde precárias.

Entre as disputas médicas, Villarejo expressou forte discordância com outros membros da equipe responsável por Maradona. Ele sugeriu que o tratamento de desintoxicação deveria ocorrer em um ambiente especializado, mas outros médicos optaram por realizar o procedimento no domicílio do paciente. A situação gerou tensão entre os profissionais e levanta questões sobre a melhor abordagem para lidar com pacientes complexos como Maradona, conhecido por ser impulsivo e resistente à autoridade médica.

O julgamento, iniciado em março deste ano, tem como objetivo determinar se houve falha grave na assistência médica oferecida ao ícone esportivo. Se condenados, os réus podem enfrentar penas severas, variando entre oito a 25 anos de prisão. Este caso reforça a importância de protocolos rigorosos e comunicação eficaz dentro das equipes médicas, garantindo que decisões críticas estejam sempre alinhadas com o bem-estar do paciente. Além disso, destaca-se a necessidade de atenção especializada para indivíduos com necessidades de saúde mental e física complexas.