Domingos Paciência, um dos jogadores mais emblemáticos do FC Porto durante a presidência de Pinto da Costa, compartilha sua trajetória emocionante. Ele relembra desde os primeiros passos na formação até o retorno ao clube após experiências internacionais. Paciência destaca a influência decisiva de Pinto da Costa em sua carreira, que o manteve fiel ao clube mesmo diante de ofertas tentadoras de gigantes europeus e rivais portugueses.
O início da história de Paciência com o FC Porto remonta aos seus anos de adolescência. Ingressando nas categorias de base aos 13 anos, ele rapidamente se destacou, ganhando reconhecimento por seu talento promissor. O presidente Pinto da Costa, conhecido por sua habilidade em identificar jovens promessas, viu potencial em Paciência e o manteve no clube durante a transição para a equipe principal, ignorando ofertas de clubes menores. Esta decisão foi crucial para o desenvolvimento do jogador, que logo se tornou uma figura central no time.
Paciência descreve como Pinto da Costa não apenas valorizava suas habilidades individuais, mas também acreditava no crescimento contínuo de jovens talentos. Este apoio permitiu que Paciência evoluísse sob a tutela de grandes treinadores, como Bobby Robson, e se consolidasse como um dos jogadores mais importantes do FC Porto durante aquele período. Suas contribuições foram tão significativas que ele se tornou um dos onze jogadores mais utilizados durante a era de Pinto da Costa, marcando presença em inúmeras vitórias históricas do clube.
Após estabelecer-se como um jogador fundamental, Paciência enfrentou momentos cruciais em sua carreira. Em um ponto, ele quase deixou o FC Porto para jogar na Espanha, numa negociação que se estendeu até as primeiras horas da manhã. Apesar das dificuldades, Pinto da Costa eventualmente cedeu, permitindo que Paciência seguisse seu caminho. Dois anos depois, quando recebeu uma proposta do Sporting, novamente foi a intervenção de Pinto da Costa que determinou seu destino. O presidente insistiu que Paciência não pudesse assinar pelo rival, levando-o a retornar ao FC Porto em 1999.
A relação entre Paciência e Pinto da Costa transcendeu o campo de futebol, refletindo um vínculo profundo de respeito e afeto. A última interação pessoal ocorreu durante a apresentação do livro de Paciência em 2023, onde Pinto da Costa demonstrou preocupação pela família do jogador, reforçando o laço especial que uniu ambos ao longo dos anos. Esta conexão singular continua sendo lembrada como um testemunho do impacto duradouro que Pinto da Costa teve sobre a vida e carreira de Domingos Paciência.