A coleção de alta costura para o verão 2025 da Dior, sob a direção criativa de Maria Grazia Chiuri, oferece uma experiência que transcende as barreiras do tempo e espaço. Inspirada em obras de arte contemporâneas e elementos históricos, a apresentação transforma o Museu Rodin em um palco mágico. A combinação de trajes antigos com designs modernos cria uma narrativa visual rica, que reflete tanto o passado quanto o futuro da moda. Elementos como tapeçarias artísticas e referências à literatura infantil enriquecem ainda mais essa viagem temporal, destacando a versatilidade e inovação da marca.
A colaboração entre Maria Grazia Chiuri e a artista Rithika Merchant traz uma nova dimensão para a apresentação da coleção. Os nove painéis de tapeçaria exibem cenas surrealistas que parecem transportar os espectadores para um mundo de fantasia. Essas obras servem como pano de fundo perfeito para os modelos, criando um diálogo visual entre o cenário e as roupas. A escolha do Museu Rodin como local do desfile adiciona um elemento cultural significativo, permitindo que o público aprecie tanto a moda quanto a arte.
Os painéis de tapeçaria, criados por Rithika Merchant, desenham paisagens oníricas repletas de plantas, flores e animais metamorfoseados. Esses elementos evocam um universo infantil colorido e imaginativo, complementando perfeitamente a atmosfera lúdica da coleção. O trabalho meticuloso e detalhado da artista contribui para criar um ambiente imersivo, onde cada peça de roupa parece ganhar vida própria. Além disso, a tapeçaria permanecerá exposta gratuitamente até 2 de fevereiro, proporcionando aos visitantes uma oportunidade única de experimentar essa fusão de moda e arte.
A coleção explora várias épocas da moda ocidental, misturando estilos clássicos com toques contemporâneos. As peças apresentam silhuetas inspiradas em diferentes períodos, desde o século XIX até décadas recentes do século XX. Isso resulta em uma coleção que não só homenageia o passado, mas também projeta uma visão otimista para o futuro. Detalhes como mangas vitorianas e crinolinas se misturam harmoniosamente com linhas trapézio, criando um equilíbrio único entre o tradicional e o inovador.
Maria Grazia Chiuri mergulhou profundamente na história da moda ao preparar esta coleção, incorporando elementos característicos de vestimentas de época. Crinolinas, mangas volumosas e casacos tipo fraque remetem a um passado distante, enquanto os tons neutros e metalizados dão um ar futurista. A cintura bem marcada e o acabamento artesanal exemplificam a atenção aos detalhes que são a marca registrada da Dior. A influência da coleção Trapèze de Yves Saint Laurent em 1958 também é evidente, trazendo uma pitada de inocência e frescor que ressoa com o tema geral da coleção. Cada peça parece contar sua própria história, convidando os observadores a viajar através dos tempos.