O evento de posse presidencial dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20 de janeiro, não foi apenas um momento histórico para o país, mas também uma ocasião que destacou as escolhas de moda da primeira-dama, Melania Trump. Vestida com peças de designers americanos, ela chamou a atenção pelo seu visual, que gerou diversas interpretações e comparações. Este artigo explora o significado por trás das roupas escolhidas e a reação pública ao look.
Em um dia marcado por baixas temperaturas em Washington DC, Melania optou por um casaco azul-marinho sob medida de Adam Lippes, complementado com uma gola branca. Para enfrentar o frio intenso, ela usou acessórios que incluíram um chapéu boater da marca Eric Javits e luvas pretas. Os sapatos escolhidos foram Manolo Blahnik de camurça azul-marinho, criando um conjunto elegante e sofisticado. Esta combinação de cores escuras e estilos clássicos transmitiu uma imagem distinta e poderosa.
A decisão de usar marcas americanas foi interpretada como um gesto patriótico. No entanto, o visual gerou controvérsia e discussões sobre o tom sombrio escolhido para um evento que deveria ser celebratório. A primeira-dama também viralizou nas redes sociais por um momento embaraçoso envolvendo um beijo interrompido com o presidente, causado pelo chapéu que obstruía a visão. Essas imagens rapidamente se tornaram tema de piadas e debates online.
Para entender melhor as motivações por trás do look escolhido por Melania, é importante considerar o contexto histórico e cultural do evento. O especialista em branding e marketing de moda, Fabio Monnerat, observou que a primeira-dama sempre usa suas escolhas de vestuário como uma forma de comunicação simbólica. Neste caso, o uso de cores escuras e um chapéu que cobre parte do rosto pode ser visto como uma expressão de distância e autoridade.
Comparado com a abordagem mais inclusiva adotada por Michelle Obama, que buscava conectar-se com o público através de suas escolhas de moda, Melania parece ter optado por uma imagem mais elitista e distante. Isso se reflete tanto no estilo quanto na postura, criando uma narrativa de poder e exclusividade. O chapéu, em particular, foi notado por limitar a comunicação direta, reforçando ainda mais essa impressão de distanciamento. Monnerat conclui que este visual não visa transmitir emoção, mas sim uma mensagem clara de autoridade e controle.