A despedida de um ícone do futebol português marcou o último sábado. Aos 87 anos, Jorge Nuno Pinto da Costa deixou um legado inestimável no mundo das quatro linhas. Ao longo dos anos, sua liderança e visão estratégica transformaram o FC Porto em um dos clubes mais respeitados da Europa. Suas palavras e decisões refletiram não apenas uma gestão eficiente, mas também um amor profundo pelo esporte.

O ex-presidente era conhecido por suas declarações sinceras e ponderadas sobre os desafios enfrentados pelo clube. Em um momento particularmente difícil, ele abordou as expectativas dos torcedores quanto aos retornos de jogadores queridos como João Moutinho, Bruno Alves e Pepe. Com realismo, destacou que, apesar da vontade de ver esses atletas vestindo novamente a camisa do time, as finanças do clube impunham limites. “Devemos ser realistas,” enfatizava. “O orçamento do FC Porto é robusto, mas precisamos manter responsabilidade fiscal.”

Além disso, Pinto da Costa sempre manteve relações respeitosas com figuras importantes do futebol. Sua postura foi exemplar ao lidar com temas delicados, como a possibilidade de Jorge Jesus treinar o FC Porto. Ele explicava que, embora tivesse uma excelente relação pessoal com o técnico, as circunstâncias nunca foram favoráveis para essa parceria. Também demonstrou sabedoria ao comentar sobre a evolução da relação entre o clube e o agente Jorge Mendes, reconhecendo tanto os acertos quanto os erros nessa colaboração.

Em meio às lembranças e histórias, emerge uma figura marcada pela integridade e dedicação. Pinto da Costa ensinou que, no futebol, assim como na vida, é fundamental equilibrar ambição com responsabilidade. Seu exemplo serve de inspiração para todos os envolvidos no esporte, mostrando que é possível aliar paixão e racionalidade para construir algo duradouro e respeitado. O legado de Pinto da Costa vai muito além dos campos; ele nos lembra do valor do compromisso e da busca constante por excelência.