O impacto da representação na mídia pode moldar sonhos e aspirações desde a infância. Para a icônica atriz Viola Davis, o primeiro vislumbre de uma mulher negra forte na televisão foi um divisor de águas. Ela revela que a série policial norte-americana dos anos 70, “Get Christie Love!”, protagonizada por Teresa Graves, despertou sua imaginação infantil. Essa inspiração agora reflete-se em seu desempenho memorável como presidente dos Estados Unidos no filme “G20”. Davis menciona com entusiasmo os momentos marcantes do programa antigo, onde a personagem capturava criminosos com bravura inabalável.
Com estreia na plataforma Amazon Prime Video, o longa-metragem dirigido pela cineasta mexicana Patricia Riggen apresenta uma narrativa cheia de tensão e adrenalina. A trama acompanha Danielle Sutton, interpretada por Davis, enquanto ela enfrenta desafios extraordinários para proteger sua família e líderes globais durante uma cúpula internacional na África do Sul. O elenco conta ainda com Anthony Anderson no papel de Derek Sutton, marido de Danielle, além da jovem Marsai Martin como Serena Sutton, sua filha. Davis explica que escolheu Anderson pelo vínculo especial que compartilham fora das telas. Ambos relembram histórias divertidas de bastidores, incluindo suas escapadas em busca de presentes grátis em eventos de premiação.
A experiência de interpretar uma figura tão poderosa não passa despercebida por Davis, que reflete sobre como sua versão mais jovem reagiria ao ver essa conquista. Ela destaca que sua missão é honrar aquela criança de seis anos que admirava heróis na tela. Ao transportar essa energia para o papel de presidente, Davis demonstra que a força da representatividade vai muito além da arte, sendo capaz de transformar vidas e ampliar horizontes. Esse espírito de superação e inspiração serve como prova de que as imagens que consumimos podem ser catalisadoras de mudança pessoal e coletiva.