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A Semana de Alta-Costura de Paris: Um Desfile de Criatividade e Elegância
2025-01-31

O evento mais aguardado do mundo da moda, a Semana de Alta-Costura de Paris, encerrou suas atividades na última quinta-feira (30). Esta temporada primavera/verão 2025 apresentou um espetáculo de inovação e tradição, marcado por estreias notáveis, colaborações internacionais e homenagens significativas. Do deslumbrante início com Schiaparelli ao vibrante final com Germanier, o público testemunhou uma fusão de tecnologia avançada, artesanato meticuloso e criatividade sem limites.

Um dos destaques foi a presença da renomada atriz brasileira Fernanda Torres no desfile da Chanel. Ela se sentou na primeira fila do Grand Palais, vestindo um elegante modelito longo em tweed, complementando sua presença imponente. A coleção da Chanel manteve-se fiel às suas raízes, com casaquetos de tweed e vestidos delicados, mas a aparição de Torres adicionou um toque especial à ocasião. Além disso, Giorgio Armani celebrou seus 20 anos na Alta-Costura com uma coleção que revisitava elementos icônicos de seu arquivo, reimaginando-os com cristais e detalhes cintilantes.

Alessandro Michele fez sua estréia na Alta-Costura da Valentino, apresentando uma coleção que combinava referências históricas com contemporaneidade. O cenário montado no Palais Brongniart era um verdadeiro palco para os 48 looks que misturavam babados, capas dramáticas e caudas que lembravam tendas. As inspirações variaram desde carnavais venezianos até Maria Antonieta, resultando em uma experiência visual rica e diversificada.

A paleta de cores dominante da temporada foi o bege, previsível pela Pantone como "Mocha Mousse". Marcas como Zuhair Murad, Schiaparelli e Viktor & Rolf optaram por tonalidades pastel e neutras, muitas vezes mescladas com rosa suave e off-white. Essa escolha refletiu uma tendência mais conservadora e atenta, evidente nas silhuetas minimalistas e simétricas, além de acessórios formais.

Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior, trouxe o universo de Lewis Carroll para a passarela, misturando personagens de Alice no País das Maravilhas com referências da marca. Vestidos "desfiados", sandálias gladiadoras e penteados moicanos deram vida a uma coleção que flertava entre o punk e o clássico. Por outro lado, Daniel Roseberry da Schiaparelli buscou inspiração em Ícaro, traduzindo ambição e desejo de ascensão em vestidos metalizados e detalhes dourados arquitetônicos.

O encerramento com Germanier trouxe um sopro de frescor e alegria. A marca estreou na Alta-Costura com uma parceria com o designer brasileiro Gustavo Silvestre, resultando em um clima carnavalesco. Looks confeccionados em crochê com fios metalizados, botas e acessórios decorados com canutilhos coloridos transformaram a passarela em uma verdadeira avenida de folia.

Em meio a tantos momentos memoráveis, a Semana de Alta-Costura de Paris confirmou seu status como epicentro da moda mundial. Cada desfile não apenas exibiu peças de vestuário excepcionais, mas também contou histórias através de tecidos, cores e formas, deixando claro que a alta-costura continua sendo um território de inovação e expressão artística sem fronteiras.

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