O jogador do FC Porto, Samu Aghehowa, escapou a uma nova suspensão após um incidente no final do jogo contra o Gil Vicente. Em vez disso, foi condenado a pagar uma multa de 612 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. O jovem espanhol de 20 anos já havia sido suspenso por uma partida anteriormente por comportamento ofensivo. A decisão atual se refere especificamente a um gesto em que o atleta desferiu um soco em um painel publicitário usado para entrevistas rápidas, embora tal ação não tenha sido registrada pelo árbitro.

Decisão do Conselho de Disciplina

A entidade disciplinar considerou o golpe no painel publicitário como uma infração disciplinar sob o artigo 167º do Regulamento Disciplinar. Esta determinação se baseou em princípios e deveres estabelecidos no regulamento, incluindo o uso de expressões ou gestos grosseiros. Embora a ação não tenha sido mencionada no relatório do árbitro, ela foi amplamente divulgada pela mídia e levou à abertura de um processo. O Conselho decidiu aplicar uma multa em vez de uma suspensão adicional, considerando as circunstâncias do caso.

O Conselho de Disciplina avaliou cuidadosamente o incidente e concluiu que o comportamento de Samu violava vários artigos do Regulamento Disciplinar. Especificamente, o uso de linguagem ou gestos impróprios foi identificado como uma transgressão grave. A decisão também levou em conta os princípios de conduta esportiva previstos no regulamento. Apesar da falta de menção no relatório oficial do árbitro, a notoriedade pública do incidente e suas implicações foram suficientes para justificar a punição. A escolha de uma multa monetária refletiu um equilíbrio entre responsabilização e evitar uma interrupção excessiva na carreira do jogador.

Histórico de Conflitos e Recursos Legais

Anteriormente, Samu já havia enfrentado consequências disciplinares relacionadas ao mesmo encontro. Ele foi suspenso por uma partida devido a uma expulsão após o apito final, acusado de usar linguagem ofensiva. O clube tentou argumentar que a expressão utilizada tinha um significado diferente na língua nativa do jogador, mas o recurso foi rejeitado. Essa primeira penalização resultou em sua ausência no confronto com o Santa Clara.

O relatório do árbitro detalhou um confronto verbal intenso envolvendo Samu. Segundo o documento, o jogador teria respondido de forma agressiva às provocações recebidas. O FC Porto apresentou um argumento defendendo que a expressão usada não era tão ofensiva em espanhol, mas o Conselho de Disciplina manteve sua decisão, ressaltando a importância dos relatórios oficiais em tais casos. A manutenção da punição inicial demonstrou a seriedade com que a federação trata questões de conduta fora do campo, garantindo assim a integridade do esporte.