O renomado estilista mineiro Eduardo Amarante está envolvido em um contencioso judicial com o influente conglomerado La Moda, que detém marcas como Lança Perfume e MFT. Este litígio na Justiça do Trabalho de Minas Gerais destaca questões complexas relacionadas à propriedade de marcas e ao ambiente laboral dentro da empresa. O processo também traz à tona alegações de assédio moral e problemas de saúde mental do estilista, além de revelar uma situação financeira complicada do grupo La Moda.

A disputa entre Amarante e o conglomerado La Moda centra-se principalmente nas marcas associadas ao nome do estilista. Documentos judiciais indicam que o grupo detém os direitos sobre várias marcas que levam o sobrenome de Amarante, incluindo variantes como "Casa Amarante" e "Ateliê Amarante". A marca “Amarante do Brasil”, apresentada inicialmente como uma parceria, pertence exclusivamente ao grupo, excluindo o próprio estilista da propriedade. Essa situação pode representar um obstáculo significativo para a continuidade profissional de Amarante no setor da moda.

Amarante afirma ter sofrido de burnout durante seu período de trabalho, atribuindo isso a pressões intensas e a um ambiente laboral desfavorável. Segundo ele, essa situação culminou em quadros de depressão e síndrome do pânico. Durante esse período, um dos sócios da La Moda supostamente determinou que Amarante fosse isolado, proibindo-o de interagir com funcionários, incluindo sua equipe criativa. Esta medida agravou ainda mais as dificuldades enfrentadas pelo estilista.

Na ação trabalhista, Amarante reivindica cerca de R$ 8 milhões, referentes a verbas não pagas, indenização por danos morais e anulação de cláusulas restritivas. Paralelamente, o grupo La Moda enfrenta dívidas fiscais superiores a R$ 100 milhões, incluindo pendências previdenciárias. A companhia continua realizando eventos grandiosos apesar das dívidas acumuladas, levantando questionamentos sobre suas prioridades financeiras e gestão.

A trajetória de Eduardo Amarante é marcada por inovação e reconhecimento nacional. Apesar dos desafios atuais, ele demonstra resiliência e dedicação à moda. A busca pela justiça na esfera jurídica reflete o desejo do estilista de continuar contribuindo para o mundo da moda, garantindo seus direitos e protegendo seu legado.